Meditação Diária - "O valor do perdão"
Leitura Bíblica Anual: Gênesis 48-50
Versículo para memorizar: “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;” (Cl 3.13)
A definição secular de perdão nos traz a ideia de "absolver, remitir (culpa, dívida, pena etc.), desculpar". Entretanto, no texto bíblico encontramos este significado bem mais expandido. No Novo Testamento nos é informado o uso de duas palavras para perdoar: “aphiemi”, que transmite a ideia de deixar, despedir, desistir, abandonar, colocar de lado, tolerar etc; “charizomai”, que pode ser traduzido como entregar, conceder, dar graciosamente, restituir etc. Estes são conceitos que devem estar em nossas mentes quando lemos toda a Bíblia, a fim de entendermos a importância que as Escrituras dão ao mesmo.
Apesar de não estarmos lendo o Novo Testamento em nossa leitura anual, podemos ver claramente estes conceitos no Antigo Testamento, especialmente no relato da história de José. Sua trajetória de sofrimento ao ser odiado e vendido por seus irmãos, ter se tornado escravo e prisioneiro nas terras do Egito, poderia ter formado um caráter vingativo, rancoroso e amargurado. No entanto, ao encontrar-se com seus irmãos observamos uma reação totalmente diferente. Vemos que José colocou em prática o perdão bíblico.
Nas Escrituras encontramos a ênfase de que a prática das virtudes cristãs é a primeira exigência necessária para se
iniciar o exercício do perdão. O perdão é uma tarefa que demanda uma ação
integral. Virtudes como misericórdia, bondade, humildade, paciência (mansidão, longanimidade, suportar) e amor nos ajudam nos exercício da prática do perdão. Entretanto, esta ação tem mais eficácia quando primeiramente reconhecemos aquilo que Deus fez por nós, em Cristo. Efésios 4.32 nos diz "antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou".
Devemos reconhecer que a nossa dificuldade de perdoar decorre da nossa negligência à prática das virtudes cristãs e da nossa incompreensão do perdão infinito de Cristo dispensado a nós. No entanto, não devemos nos esconder por trás desta dificuldade; antes devemos ser gratos a Deus porque fomos perdoados primeiro por Cristo. Isto deve nos levar a pedir a Ele que nos ajude, assim como José, a praticar as virtudes cristãs no exercício do perdão para que continuamente estejamos dispostos a perdoar.
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